sábado, 1 de outubro de 2011

Perder no Rockman é comum?


Talvez a coisa mais próxima que haja de algo religioso em Rockman seja a crença na reencarnação. Sem reencarnação, não teríamos a tradicional corrida final para enfrentar. E se é pra acreditar na maravilhosa sequência final de Rockman 9, a morte não desiste nem mesmo depois de você vencê-la duas vezes (são só robôs, eu sei...mas vamos lá).
Afinal, quem de nós conseguiu terminar um jogo sequer da série Rockman sem morrer nenhuma vez? Mais, quantos forma os que conseguiram derrotar ao menos um chefe de estágio sem morrer uma vezinha? Poucos, eu digo!
Rockman é brutal pelo seu design. Cada estágio é composto de uma impiedosa série de armadilhas, muitas delas fatais. Cada corredor foi desenhado, senão para eliminá-lo, pelo menos para deixá-lo tão mal que o próximo corredor o faça.

Um lugar onde morrer
pode ser a solução.
Morrer faz parte de todos os jogos de plataforma, mas Rockman elevou isso a uma excêntrica e estranha necessidade. Muitos perigos e inimigos não são revelados até que você esteja em cima deles, o que faz com que você precise falhar algumas vezes antes de obter sucesso.

Mas a morte nem sempre é uma punição, as vezes ela é a única maneira de continuar, veja por exemplo o infame castelo do Dr. Wily em Rockman 2, onde todos estão tão ansiosos em fazer você gastar todo seu potencial bélico ficando sem nada para enfrentar o chefão. Sobra uma única opção: suicídio.

Se você tiver uma vida extra - e você vai desejar ter - você vai descobrir que todas as barricadas destruídas pelo fantasma do Rockman do passado continuam destruídas. Isso mesmo, longe de uma mágica e mística segunda chance na vida, você vive em um mundo em que o tempo passou e que foi afetado pelas ações de - por assim dizer - uma versão anterior de você.

Mais alguém sentiu calafrios?

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